Há alguns anos, quando comecei este blog, a intenção era "divulgar meu artesanato e fazer amigos" interagir (porque amigos, a gente guarda do lado esquerdo do peito).
Há alguns anos, eu ainda não tinha a meu lado a Madonna, esse ser iluminado que veio ao mundo em forma de gata para me dar lições de amor incondicional... e outras lições.
Há alguns anos, as pessoas ainda não haviam despertado para o fato óbvio de que nossos irmãos animais (nós também pertencemos ao reino animal) são seres sencientes.
Há alguns anos, os pets ainda não tinham sido descobertos pelo marketing como um grande chamariz.
Inconscientemente, somos atraídos para uma página de mídia social quando nela está inserida a imagem de um gato ou um cãozinho fofo. Já percebi, inclusive, que meu Insta começou a ter mais seguidores depois que comecei a postar fotos da Madonna (afinal, quem resiste a ela?rsrs). Até aí, tudo bem.
O problema começa quando gatinhos, cãezinhos (ou filhotes selvagens ou pássaros...) começam a ser utilizados de maneira sistemática e intencional, como estratégia de marketing, para promover uma ideia, marca ou conceito que não corresponde, necessariamente, ao simbolismo implícito na imagem de determinado animal.
Já notaram quantos bancos e instituições financeiras, ultimamente, têm vinculado à sua publicidade não mais uma mulher sexy, mas um cão amigo? Porque quem precisa urgentemente de dinheiro não está com cabeça pra pensar em sexo, quer mais é alguém leal, em quem possa confiar... e que lhe empreste o dinheiro de que necessita, com facilidade e sem burocracia. E ainda abane o rabinho... Quem melhor personifica essas qualidades do que um cão, o melhor amigo do homem? Isso não significa que a instituição, em si, seja confiável...
Essa é a mais nova forma de exploração animal...
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