Um trabalha
na fábrica
outro na obra
aquele na lavra
da terra.
Em comum
muito suor
a mão calosa
e a boca
calada.
Máquina, tijolo
e enxada
depois - livro e caneta.
De energia
apenas a sobra.
Diante de mim
cada rosto me cobra
o que a boca não fala.
Eu venho de longe
e a minha lide
é ensinar
a ciência das academias
e a arte da palavra.
Não aprendi lições
de suor
calosidade
e silêncio.
Por isso meu grito
inarticulado
faz perguntas impossíveis
enquanto na minha mão
suja de branco
queda um giz
impotente.
(Cláudia - 15/10/84).
Um comentário:
Lindo texto!!!
Lição de vida...lição de mestre!
bjos
Laurinha
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